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Após expulsão, Cruzeiro é goleado pelo Bahia.

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O coletivo, que foi destaque contra o Fluminense, esteve longe de funcionar na goleada de 4 a 1 sofrida diante do Bahia. Individualmente, o time também não foi bem, pecando principalmente pela dispersão que, por vezes, pareceu displicência.

“Em time que está ganhando não se mexe”. Seabra mexeu, mas apenas porque Lucas Romero é titular do time. Colocou o argentino no lugar de Filipe Machado e manteve a estrutura tática que tanto deu certo contra o Fluminense.

E, de fato, o cenário indicava que o correto seria a manutenção. Apesar de algumas características distintas, o Bahia tem aspectos que se assemelham ao adversário que o Cruzeiro venceu na rodada passada. Gosta da bola, sai de pé em pé desde o goleiro, tem um meio-campo de qualidade e um centroavante de movimentação.

Mas, diferentemente do que ocorreu no Mineirão, a marcação do Cruzeiro não se ajustou ao jogo promovido por Fernando Diniz na Fonte Nova, principalmente quando subia com a intenção de dificultar a saída de bola adversária. Via de regra, faltou compactação entre as linhas. Sobrou espaço para o Bahia explorar.

Os jogadores de meio-campo do Cruzeiro “não acharam” os adversários da posição. Caio Alexandre e Jean Lucas ocuparam bem os espaços do setor e foram muito melhores, com a bola e na recomposição, em comparação com Romero, Ramiro e Lucas Silva.

Ainda assim, o Cruzeiro conseguiu o gol cedo, com belíssima jogada individual de Gabriel Veron, e poderia ter ampliado, não fossem os erros de acabamento das jogadas, em chances de Matheus Pereira (duas vezes), Gabriel Veron e Robert. Sobrou preciosismo. A Matheus e Robert, faltou senso coletivo, enquanto a Veron faltou fome e concentração.

Defensivamente, faltou proteger melhor o entorno da área. Até por isso, João Marcelo se destacou em rebatidas e bolas travadas na primeira etapa. Ainda que Anderson tenha feito apenas uma grande intervenção, o gol aos 53 minutos não foi nenhum absurdo. Falha de Marlon, que deu espaço para o cruzamento, e de William, que não marcou Thaciano.

O segundo tempo começou fraco. O Cruzeiro não sofria tanto com as entradas de Everton Ribeiro e Biel. Mas, ofensivamente, também não incomodava o Bahia, a não ser em subidas esporádicas de Arthur Gomes e William. Era um jogo aberto, até Marlon ser expulso e “entregar” qualquer possibilidade de vitória cruzeirense.

Fernando Seabra tomou a decisão correta, colocando linha de três zagueiros em meio aos dois centroavantes do Bahia em campo. Mas, depois da virada adversária, o técnico abriu o time e acabou tendo influência no placar final – como bem assumido por ele na coletiva.

O Cruzeiro teve a faca e o queijo na mão para construir uma vitória contra o Bahia, diante do enredo do primeiro tempo. Depois, ainda que com um a menos, teve possibilidades de pontuar onde poucos pontuarão no Brasileiro – como o time fez contra o Fortaleza, no Castelão, também com 10 em campo. Desperdiçou tudo isso e terá, mais uma vez, que fazer o dever de casa. Agora contra o Athletico, outro adversário ainda superior no aspecto técnico, mas sob pressão sem o técnico Cuca.

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