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Finanças: 10 melhores farmacêuticas na bolsa americana

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O setor de saúde é um dos mais queridos por investidores no mundo todo. Isso se deve ao fato de ele consolidar algumas características que são muito favoráveis para investidores, especialmente os de longo prazo. 

É um setor essencial. Nós, como pessoas, não abrimos mão da nossa saúde e, ao mesmo tempo, estamos sujeitos a doenças imprevisíveis. Para isso, é necessário medicação, tratamentos e, em alguns casos mais severos, cirurgias e afins. 

Além de ser essencial, é um setor que segue crescendo. À medida que nos tornamos cada vez mais ricos (como um todo), é perfeitamente compreensível que procuraremos formas de ter uma vida melhor. Uma parte disso é manter uma vida mais saudável e, consequentemente, mais longeva.

Por último, é um setor que pode ser extremamente lucrativo. As empresas desse setor investem bilhões para encontrar soluções e tratamentos mais eficazes. Devido ao risco do desenvolvimento, há uma compensação para as empresas de forma proporcional. Uma vez que a solução encontrada é eficiente, o lucro pode ser muito atrativo para a empresa e seus investidores.

10 melhores empresas de saúde para se investir

Tendo em vista os eventos posteriores à culminação da pandemia de Covid-19 em 2020 (aproximado, sei que começou na China em 2019), algumas empresas saíram exaltadas, enquanto outras saíram bastante questionadas. 

No gráfico abaixo, podemos observar como foi o desempenho em Bolsa das que são hoje as maiores empresas farmacêuticas do mundo: Eli Lilly, Novo Nordisk, Johnson & Johnson, Merck, AbbVie, AstraZeneca, Roche, Novartis, Amgen e Pfizer. 

 As 10 maiores empresas farmacêuticas hoje e a valorização delas desde 2020. Fonte: Bloomberg

O que chama a atenção é que as duas maiores empresas atualmente, bem como as que tiveram o melhor desempenho no mercado, são empresas que, praticamente, não estão relacionadas à pandemia. Trata-se da americana Eli Lilly e da dinamarquesa Novo Nordisk. 

Driblando a balança: O combate a obesidade

As duas companhias que, nos últimos quatro anos, se destacaram entre as gigantes do setor farmacêutico se diferenciam principalmente pela atuação de alguns de seus medicamentos no combate à obesidade. Mais especificamente, medicamentos que usam o GLP-1 como princípio ativo. 

Do lado da Novo Nordisk temos o Ozempic e o Wegovy. Do lado da Eli Lilly, temos o Mounjaro e o Zepbound. 

 Ozempic. Fonte: MinhaVida

Esses medicamentos têm uma proposta quase mágica. Por muito tempo, médicos, nutricionistas, nutrólogos, bodybuilders, youtubers, etc. sempre reforçaram que emagrecer não é uma tarefa fácil. Emagrecer seria fruto de uma dieta regrada (com um déficit calórico) e de exercícios físicos (imagine um discurso motivacional do David Goggins). 

No entanto, com os medicamentos, essa história mudou. Emagrecer deixou de ser um desafio, e, tendo dinheiro para o tratamento, foi criado um atalho. 

Nota: É importante salientar que este texto não é uma recomendação. Consulte o seu médico para determinar caso necessite fazer uso de qualquer medicamento do tipo.

O atalho funciona justamente porque esses medicamentos são formas sintéticas do hormônio GLP-1 (Glucagon-like-peptide). O efeito desse hormônio no corpo resulta em três ações: a estabilização dos níveis de glicose no nosso sangue; a liberação de hormônios que causam a sensação de saciedade; e desaceleram a digestão. 

Originalmente, o Ozempic, primeiro dentre esses medicamentos, tinha como intuito o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2. Mas foi observado que os pacientes que recebiam esses tratamentos passaram a emagrecer mais rapidamente do que os grupos de controle. Com isso, iniciou-se o uso dele no tratamento contra a obesidade. 

Em média, é observado que, ao tomar esses medicamentos por um período  longo de 18 meses, é possível perder 20% do peso (é um tratamento para obesidade e não o seu projeto verão). Ou seja, são medicamentos que mostram uma boa eficácia no combate à obesidade. 

O tio Sam precisa de dieta?

Independentemente de você estar feliz com seu corpo, a maioria das pessoas adultas no mundo não está. Apenas 20% dos adultos no Reino Unido se sentem satisfeitos com os próprios corpos.

 Pesquisa de percepção do corpo. Fonte: Kinea, Comitê do Parlamento do Reino Unido

É claro que a insatisfação não é exclusiva para casos nos quais podemos ter problemas de saúde decorrentes do estado físico. Contudo, o nível de obesidade no mundo tem crescido vertiginosamente. A Federação Mundial de Obesidade estima que, com a atual trajetória, até 2030, teremos 1 bilhão de adultos obesos no mundo. 

 Percentual da população americana obesa. Fonte: USAfacts

Nos EUA, 42% da população adulta é obesa, com 10% em estados severos. Apesar do estereótipo brasileiro de praia e futebol, não estamos muito atrás, tendo 30% da população adulta com obesidade. 

O problema do elevado número de pessoas que têm obesidade são as complicações de saúde que podem derivar dessa comorbidade. Diabetes, doenças cardíacas, falência renal, câncer e problemas musculoesqueléticos. 

O impacto econômico dessas doenças derivadas da obesidade nos EUA é de US$ 260 bilhões anualmente. E o impacto social é estimado em 500 mil mortes anuais que poderiam ser evitadas caso a obesidade fosse controlada, de acordo com a revista Forbes.  

Então, sim, o tio Sam precisa de uma dieta.

Novo Nordisk e Eli Lilly são a solução?

Olhando para esse novo mercado de medicamentos voltados para emagrecimento utilizando o GLP-1 como princípio ativo, temos um duopólio dessas empresas. Contudo, como comentei no início, grandes investimentos requerem que as empresas consigam ter grandes retornos. Por isso, apesar de serem extremamente populares, esses medicamentos não são acessíveis. 

Em uma pesquisa conduzida pela Kaiser Family Foundation (KFF), 1 a cada 8 adultos responderam que já utilizaram algum medicamento derivado do GLP-1. Sendo que 1 a cada 16 continua fazendo uso do medicamento. Dos 12,5% que já consumiram os medicamentos, mais da metade achou o custo um impeditivo, mesmo com o auxílio de planos de saúde, segundo a Reuters.

De fato, o preço, especialmente nos EUA, não é muito acessível para a grande maioria das pessoas. Nos EUA, o tratamento com o Wegovy custa US$ 1.300 para 4 semanas de tratamento. Ou seja, é um tratamento que custa mais de US$ 16.000 por ano. Os valores parecem obscenos quando comparados ao que custa nas farmácias brasileiras (por volta de R$ 1.200 por mês, ou aproximadamente US$ 200), enquanto em outros países como na Dinamarca o tratamento mensal custa por volta de US$ 186, na Alemanha US$ 137 e na Inglaterra US$ 92. 

A verdade é que essa diferença de preço entre esse tratamento nos EUA e no resto do mundo tem motivos legais — respeitando a legislação e a negociação que cada país faz —, mas também reflete uma simples dinâmica de oferta e demanda. 

E com a demanda explosiva que esses medicamentos vêm tendo por conta da eficácia tanto no tratamento contra a obesidade quanto para o uso estético (vem verão), em maio de 2023, o FDA (Anvisa americana) classificou esses medicamentos como “em falta”.

 Anúncio da Hims&Hers sobre a venda de GLP-1. Fonte: Hims & Hers

Devido à classificação dada pelo FDA, e seguindo o artigo 503B, as empresas podem fabricar medicamentos com base em princípios ativos considerados escassos ou em falta no mercado. Isso é chamado de “compounded drugs” nos EUA. 

Diferente de medicamentos genéricos, que possuem aprovação do FDA, esses medicamentos “compounded” não possuem aprovação e só podem ser comercializados durante o período em que o princípio ativo estiver em falta.

 Oferta de GLP-1 pela RO. Fonte: Ro Co.

Ao longo dos últimos meses, empresas como a Ro Co, Hims & Hers, entre outras, têm lançado produtos derivados do GLP-1 visando capturar, mesmo que temporariamente, um pedaço desse mercado tão lucrativo que antes era dominado por duas empresas. 

Enquanto essas empresas podem realizar a venda de versões sem as “marcas originiais”, elas também conseguem colocar preços muito mais acessíveis (US$ 199 por mês) do que as versões da Novo Nordisk e da Eli Lilly.

Aos poucos, o tio Sam vai encontrando mais opções a preços mais acessíveis para continuar a sua dieta. 

Qual a melhor farmacêutica para comprar hoje

No Nord Global, gostamos de ambas as empresas, mas por questões de preços hoje preferimos a Novo Nordisk. No entanto, apesar de preferirmos ela, nem ela nem Eli Lilly fazem parte da nossa carteira. 

Em maio, optamos por recomendar outra empresa que tem tudo para se beneficiar (e muito) do crescimento do mercado de emagrecimento nos EUA. 

 Performance de Novo Nordisk x Eli Lilly x Empresa do Nord Global em 2024. Fonte: Bloomberg

Mesmo com a excelente performance que essas gigantes tiveram ao longo deste ano (Lilly subindo +55% e Novo Nordisk subindo +40%), a empresa que recomendamos tem apresentando uma performance ainda melhor. E acreditamos que é apenas o começo. 

Se tiver um bom palpite sobre qual empresa é, responda este email com o ticker e a sua opinião a respeito. 

Se ainda não tem certeza de qual a empresa, não perca mais tempo e faça parte do Global Pass.

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Postado originalmente por: Nord Research

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